Entre as margens e o centro: Fialho de Almeida, um retrato (im)possível
DOI:
https://doi.org/10.17398/1888-4067.11_2.155Palabras clave:
Fialho de Almeida, literatura portuguesa do século XIX, estéticas fim de século, grotesco, expressionismoResumen
No ano em que se comemora o 160º aniversário do nascimento de
Fialho de Almeida (1857-1911) torna-se ainda mais urgente
sublinhar o lugar central (a vários títulos pioneiro) que o escritor
merece entre os autores mais marcantes da cena literária portuguesa
da segunda metade do século XIX. Autor multifacetado e maldito,
dividido entre a fúria do panfletário, a acutilância do crítico de arte,
a ternura do paisagista e a imaginação delirante do ficcionista, o
lugar de Fialho de Almeida tem sido sempre o de escritor marginal.
O seu foi sempre um olhar das margens geográficas, culturais,
literárias, políticas, para o centro da Europa ou das academias, num
permanente desafio de cânones e convenções, de toda e qualquer
forma de ortodoxia...
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