No encalço da Sibila: ler o espaço narrativo doméstico em Agustina Bessa-Luís
DOI:
https://doi.org/10.17398/1888-4067.16.31Palabras clave:
Agustina Bessa-Luís, espaço narrativo, literatura portuguesa, domesticidadeResumen
Este trabalho argumenta que o espaço narrativo doméstico em A Sibila, de Agustina Bessa-Luís, constituído pela casa da Vessada, é construído no romance como uma das estruturas que sustenta a força das personagens femininas. Apresentamos um estudo que lê o romance central da ficcionista pela perspectiva do valor da domesticidade, mostrando como esse espaço narrativo privilegiado em sua literatura se relaciona com outras categorias da narrativa, tais como o tempo e a constituição das personagens. Para conferir sustentação à nossa tese, também analisamos fragmentos de outros romances de Bessa-Luís. São eles: Fanny Owen (1979), A Corte do Norte (1987), Eugénia e Silvina (1989), Vale Abraão (1991) e A Ronda da Noite (2006).
Referencias
Fontes.
Bakhtin, Mikhail (2018): Teoria do romance II: as Formas do Tempo e
do Cronotopo, São Paulo, Editora 34.
Baldaque, Mónica (2020). Sapatos de Corda: Agustina, Lisboa, Relógio
D’Água Editores.
Bessa-Luís, Agustina (1987): A Corte do Norte, Lisboa, Guimarães
Editores.
_____ (1990): Eugénia e Silvina, Lisboa, Guimarães Editores.
_____ (2000): A Sibila, Campinas, Pontes Editores.
_____ (2003): O Princípio da Incerteza – A Alma dos Ricos, Lisboa,
Guimarães Editores.
_____ / Morais, Graça (2005): As Metamorfoses, Lisboa, Publicações
Dom Quixote.
_____ (2009): Fanny Owen, Lisboa, Guimarães Editores.
_____ (2014a): O Livro de Agustina, Lisboa, Guerra e Paz Editores.
_____ / Rego, Paula (2014b): As Meninas, Lisboa, Guerra e Paz Editores.
_____ (2014c): Correspondência Agustina-Régio (1955-1968),
Organização, fixação de textos e índices de Alberto Luís e
Lourença Baldaque, Lisboa, Guimarães, Editores.
_____ (2019a): A Ronda da Noite, Lisboa, Relógio D’Água.
_____ (2019b): Os Meninos de Ouro, Lisboa, Relógio D’Água.
_____ (2019c): Vale Abraão, Lisboa, Relógio d’Água.
_____ (2020): Primeiros Contos e Outros Contos, Organização de
Alberto Luís, Lisboa, Relógio D’Água.
Camargo, Fernanda Barini (2022): Varandas Voltadas ao Douro: Ler a
Casa Portuguesa na Literatura de Agustina Bessa-Luís e no
Cinema de Manoel de Oliveira, Tese (Doutorado em Estudos
Literários), Araraquara, Faculdade de Ciências e Letras: Unesp.
Dumas, Catherine (1982): “Mistério e realidade na obra de Agustina
Bessa-Luís”, Colóquio Letras (Lisboa), n. 70, pp. 31-38.
_____ (2002): Estética e Personagens nos Romances de Agustina Bessa-
Luís, Porto, Campos das Letras.
Filizola, Anamaria (2000): O Cisco e a Ostra: Agustina Bessa-Luís
Biógrafa, Tese (Doutorado em Teoria Literária), Campinas,
Instituto de Estudos da Linguagem: Unicamp.
Girola, Maristela Kirst de Lima (2011): Entre a casa e a rua: o Espaço
Ficcional e a Personagem feminina no Romance Português da
Segunda Metade do Século XX, Tese de Doutorado do Programa
de Pós-graduação em Letras, Porto Alegre, Faculdade de Letras
da Pontífica Universidade Católica.
Lukács, Georg (1968): “Narrar ou descrever”, Ensaios sobre Literatura,
Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, pp. 47-99.
Machado, Álvaro Manuel (2009): “Agustina e os Modelos Literários
Estrangeiros: Paixão e Ironia”, Isabel Ponce de Leão (ed.), Estudos
Agustinianos, Porto, Edições Universidade Fernando Pessoa, pp.
25-32.
O’ Connor, Flannery (1969): “The nature and the aim of fiction”,
Mystery and Manners, New York, Farrar, Strauss & Giroux, pp.
63-86.
Padrão, Maria Helena (ed.) / Vieira, Célia / Rio Novo, Isabel (2004):
Lugares de Agustina Bessa-Luís, Maia: Publismai (Universidade
da Maia).
Rio Novo, Isabel (2019): O Poço e a Estrada: Biografia de Agustina
Bessa-Luís, Lisboa: Contraponto.
Rybczynski, Witold (1987): Home: a Short History of an Idea,
Harmondsworth: Penguin Books.
Zéraffa, Michel (2010): Pessoa e Personagem: o romanesco de 1920 aos
anos de 1950, São Paulo, Perspectiva.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Los derechos de los artículos publicados en esta revista son los que establece por defecto el Servicio de Publicaciones de la Universidad de Extremadura. Poseen una licencia de Creative Commons CC BY 4.0. Puede consultar la licencia en: Creative Commons
La política de acceso abierto de la Universidad de Extremadura acepta los principios del movimiento de acceso abierto y la declaración de Berlín. Por ese motivo, los autores aceptan que los artículos publicados se recojan en el repositorio DEHESA de esta universidad.
El autor del artículo puede publicarlo libremente en otros medios siempre que refiera esta revista como la depositaria del texto original.
