Tempo cíclico na poesia de Movimento, de João Luís Barreto Guimarães
DOI:
https://doi.org/10.17398/1888-4067.15.29Palavras-chave:
João Luís Barreto Guimarães, poesia, tempo, dias da semana, quotidiano, humorResumo
A poesia de João Luís Barreto Guimarães no livro Movimento (2020) distingue-se por ser uma escrita centrada na antiquíssima temática do tempo, omnipresente na tradição filosófica e poético-literária. Aqui, o poeta artífice de O Tempo Avança por Sílabas (2019) opera a reescrita e escultura narrativa do poema e do livro a partir da arquitectura dos Dias da Semana, à sombra da simbologia pagã dos astros presentes as designações romanas, que a designação portuguesa apagou.
Ao nível da estrutura dramática, o livro estrutura-se em sete dias e com variável dose de humor e melancolia, realçando a inscrição do quotidiano, esta poesia fala-nos de um tempo cíclico e de um movimento contínuo. Cada poema dessa arquitectura pode ser lido como micro-narrativa do...
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