O caso do teatro inexistente, ou do teatro como imagem de nós
DOI:
https://doi.org/10.17398/1888-4067.8.93Palabras clave:
história do teatro português, imagema, Garrett, teatro nacionalResumen
Quando analisamos o significativo conjunto de textos que sobre o
teatro português se escreveram, entre o século xix e xx, de Almeida
Garrett a Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão, Fialho de Almeida ou
Raúl Brandão, por exemplo, deparamos com uma situação paradoxal.
Por um lado, como se sabe, o século xix é o século da afirmação do
teatro enquanto veículo identitário privilegiado das nações, na esteira
das teorias estéticas de Schiller, largamente difundida no contexto
doutrinário do romantismo. Ao mesmo tempo que verificamos a
estabilização da vida teatral e o aumento tendencial das casas de
espectáculos em Lisboa e por todo o país, assitimos à formação de um
imagema em torno do qual se cristalizam ideias sobre a história...
Referencias
Almeida [1970]: Fialho d' Almeida, Actores e autores (impressões de teatro), Lisboa, Clássica Editora.
Barata (1985): José Oliveira Barata, António José da Silva criação e realidade, Coimbra, Serviço de Documentação e Publicações da Universidade de Coimbra, 1985, vol. I.
Barata (1980): José Oliveira Barata (ed.), Estética teatral. Antologia de textos, Lisboa, Moraes.
Barata (1991): José Oliveira Barata, História do teatro português, Lisboa, Universidade Aberta.
Barata (1997): José Oliveira Barata «História filosófica do teatro português, de Almeida Garrett», in Discursos (14): 107-141.
Barbas (1994): Helena Barbas, Almeida Garrett o trovador moderno. Lisboa, Salamandra.
Boym (2001): Svetlana Boym, The future of nostalgia. Nova Iorque, Basic Books.
Braancamp Júnior (1840): Anselmo Braancamp Júnior, «Prefácio dos editores», originalmente publicado na Crónica Literária, Coimbra (2), depois na 2ª edição de Um auto de Gil Vicente de Lisboa, Imprensa Nacional, 1856. Cito de Garrett, 1973: 34-40.
Brandão (2013): Raul Brandão, A pedra ainda espera dar flor. Dispersos 1891-1930, Lisboa, Quetzal. Organização de Vasco Rosa.
Carvalho (1993): Mário Vieira de Carvalho, Pensar é morrer. Ou o Teatro Nacional de São Carlos na mudança de sistemas sociocomunicativos desde fins do século XVIII aos nossos dias, Lisboa, INCM.
Coelho (1990): Filomena Coelho, O tempo dos comediantes. Estudo e antologia, Lisboa, Alfa.
Coelho (1917): Latino Coelho, Garrett e Castilho. Com uma cartaprefácio do Dr. Xavier da Cunha, Lisboa, Santos & Vieira. Disponível em http://www.archive.org/details/garrettecastilhoOOIati
Costa (2004): Lucília Verdelho da Costa, Fialho d'Almeida, um decadente em revolta, Lisboa, Frenesi.
Dias (1971): Jorge Dias, O essencial sobre os elementos fundamentais da cultura portuguesa, Lisboa, INCM, 1995.
Diogo (1999): Américo António Lindeza Diogo, Política & polidez. Estética em as "Viagens na minha terra", Braga e Coimbra, Angelus Novus.
Diogo & Silvestre (1996): Américo António Lindeza Diogo & Osvaldo Manuel Silvestre, Rumo ao português legítimo. Língua e literatura (1750-1850), Braga e Coimbra, Angelus Novus.
Ferreira (1992): Ana Paula Ferreira, «Towards an alternative (hi)story of portuguese theater», in Gestos, revista de la Escuela Nacional de Arte Dramatico del Instituto Colombiano de Cultura (4), pp. 59-71.
Ferreira (2013): José Alberto Ferreira, Dos autores formigueyros, Lajes do Pico, Companhia das Ilhas, vol.1. Elementos para uma leitura crítica da ‘escola vicentina’.
Ferreira (2010): Maria Gabriela Rodrigues Ferreira, Jornal do Conservatório: comédia e drama de Almeida Garrett, Lisboa, Fronteira do Caos Editores. Os textos do Jornal do Conservatório (8/12/1839-8/6/1840), antecedidos de um estudo.
Gamboa (1949): José Gamboa, A propósito de teatro. Algumas considerações oportunas oferecidas à inteligência e reflexão de todos os homens de boa vontade. S/l, ed. autor.
Garrett (1820)c.: Almeida Garrett, Bosquejo da história da poesia e língua portuguesa, in Garrett, 1963, pp. 477-517.
Garrett (1822)c.: Almeida Garrett, História filosófica do teatro português, ms. do espólio de Garrett existente na BGUC. Publicado por J. Oliveira Barata, 1997, pp. 107-141.
Garrett (1822): Almeida Garrett, O toucador. Periódico sem política, Lisboa, Vega, 1993. Prefácio de Fernando de Castro Pires de Lima.
Garrett (1822)a: Almeida Garrett, «Prefácio da primeira edição», Catão, in Garrett, 1963, II, pp. 1609-1611.
Garrett (1830): Almeida Garrett, «Prefácio da segunda edição», in Catão. In Garrett, 1963, II, pp. 1613-1616.
Garrett (1836-1841): Almeida Garrett, Correspondência inédita do arquivo do Conservatório (1836-1841), Lisboa, INCM, 1995. Introdução e análise crítica de Duarte Ivo Cruz.
Garrett (1838): Almeida Garrett, Um auto de Gil Vicente, in Garrett, 1973: 41-157.
Garrett (1839): Almeida Garrett, «Prefácio da terceira edição», e uma «Nota bene» a Catão. In Garrett, 1963, II, pp. 1611-1612; 1617-1619.
Garrett (1841): Almeida Garrett, «Introdução» a Um auto de Gil Vicente, in Garrett 1973, pp.11-24.
Garrett (1963): Almeida Garrett, Obras de Almeida Garrett, Porto, Lello Editores, 2 volumes.
Garrett (1973): Almeida Garrett, Obras completas de Almeida Garrett. Teatro 3. Um auto de Gil Vicente. O alfageme de Santarém. Lisboa, Parceria A. M. Pereira. Sob a direcção de Jacinto do Prado Coelho. Introdução ao teatro de Garrett de Andrée
Crabbé Rocha.
Leerssen (2007): Joep Leerssen, «Imagology: history and method»; «Identity / alterity / hybridity», «Image», in Beller & Leerssen (eds.), Imagology. The cultural construction and literary representation of national characters, Amesterdão e Nova Iorque, Rodopi, pp. 17-32; 335-342; 342-344.
Lourenço (1978): Eduardo Lourenço, O labirinto da saudade. Psicanálise mítica do destino português, Lisboa, D. Quixote.
Melo (1657): D. Francisco Manuel de Melo, «Hospital das letras» em Apólogos dialogais, vol. II, Coimbra e Braga, Angelus Novus, 1999, Edição de Pedro Serra.
Moniz (1942): Egas Moniz, «História das cartas de jogar», prefácio a Henriques da Silva, Tratado do jogo do Boston, Lisboa, Ática. Reeditado autonomamente como História das cartas de jogar, Lisboa, Apenas Livros, 1998. Todas as referências são à edição de 1998.
Monteiro (1971): Ofélia Milheiro Caldas Paiva Monteiro, A formação de Almeida Garrett. Experiência e criação, Coimbra, Centro de Estudos Românicos da Fac. Letras da U. de Coimbra, 2 vols.
Picchio (1964): Luciana Stegagno Picchio, Storia del teatro portoghese, Roma [ed. ut.: História do teatro português, Lisboa, Portugália, 1969. Trad. de Manuel de Lucena].
Pimpão (1948): Álvaro Júlio da Costa Pimpão «As correntes dramáticas na literatura portuguesa do século XVI», in A evolução e o espírito do teatro em Portugal, Lisboa, Editorial O Século, pp. 135-168.
Quental, Soromenho, Queiroz, Coelho [2005]: Antero de Quental, Augusto Soromenho, Eça de Queiroz e Adolfo Coelho, Os conferencistas do Casino, Porto, Fronteira do Caos. Rebello (19884): Luiz Francisco Rebello, História do teatro português,
Lisboa, Europa-América [19671].
Rebello (2013): Teatro naturalista, Lisboa, INCM.
Serôdio (2010): Maria Helena Serôdio, «A República do teatro (1900-1926», in Nery, Rui Vieira (ed.), A República das artes, Lisboa, Tugaland (Centenário da República 1910-2010).
Sequeira (1948): Gustavo de Matos Sequeira, «Os pátios de comédia e o teatro de cordel», in A evolução e o espírito do teatro em Portugal, Lisboa, Editorial O Século: 223-254.
Simões (2011): Maria João Simões, «Cruzamentos teóricos da imagologia literária: imagotipo e imaginário», in Simões (ed.), Imagotipos literários: processos de (des)configuração da imagologia literária, Coimbra, CLP: 9-53.
Vasconcelos (2003): Ana Isabel B. Teixeira de Vasconcelos, O teatro em Lisboa no tempo de Almeida Garrett, Lisboa, Museu Nacional do Teatro.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Los derechos de los artículos publicados en esta revista son los que establece por defecto el Servicio de Publicaciones de la Universidad de Extremadura. Poseen una licencia de Creative Commons CC BY 4.0. Puede consultar la licencia en: Creative Commons
La política de acceso abierto de la Universidad de Extremadura acepta los principios del movimiento de acceso abierto y la declaración de Berlín. Por ese motivo, los autores aceptan que los artículos publicados se recojan en el repositorio DEHESA de esta universidad.
El autor del artículo puede publicarlo libremente en otros medios siempre que refiera esta revista como la depositaria del texto original.