Eça de Queirós e Maria Amália Vaz de Carvalho: intersecções dialógicas sobre a política educacional feminina em Portugal no século XIX
DOI:
https://doi.org/10.17398/1888-4067.10_2.155Palabras clave:
romance, ensaio crítico, século XIX, sociedade, mulheres, educaçãoResumen
A representação do cotidiano português do século XIX, nos
romances de Eça de Queirós, tem sido objeto de relevantes reflexões
sobre a composição do corpus social, nos aspectos históricos,
políticos, religiosos, além dos costumes que caracterizaram uma
época. Objetivamos analisar como a educação feminina é
apresentada nas páginas do autor em O crime do padre Amaro, O
primo Basílio e os Maias. A discussão está amparada no texto
Mulheres e creanças: notas sobre educação, de Maria Amália Vaz
de Carvalho. A autora examinou a condição da mulher em Portugal
no período oitocentista e, em sua tese, defende a educação feminina
como uma forma de libertação do amesquinhamento intelectual,
responsável por desencadear vícios que se institucionalizaram nos
papéis delegados à mulher.
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