O Devir na Poesia Andreseana

Autores

  • Ana Maria Soares Universidade do Porto

DOI:

https://doi.org/10.17398/1888-4067.7.111

Palavras-chave:

Sophia de Mello Breyner Andresen, tempo, futuro, desejo, renovação, esperança, sagrado, axis mundi, omphalos, centro do mundo

Resumo

Na escrita andreseana, o tempo como princípio irreversível, inelutável
e efémero caracteriza em especial as obras No Tempo Dividido e Mar
Novo. A partir de Livro Sexto, a sua poesia manifesta já uma profunda
atenção ao presente coletivo, conturbado por desigualdades sociais,
pela opressão, pela violência e por todo o tipo de arbitrariedades.
Contudo, esta perceção lúcida do tempo humano, alienado pela
adversidade do presente, faz emergir uma aguda ânsia de futuro.

Referências

Andresen (1985): Sophia de Mello Breyner Andresen, «Sophia: ‘Sou Uma Mistura de Norte e Sul'», entrevista de Miguel Serras Pereira, Jornal de Letras, 5 de fevereiro.
Andresen (1986): Sophia de Mello Breyner Andresen, «Sophia de Mello Breyner Andresen Fala a Eduardo Prado Coelho», ICALP, 6, Lisboa.
Andresen (1991): Sophia de Mello Breyner Andresen, «Sophia: A Luz dos Versos», entrevista de José Carlos de Vasconcelos, Jornal de Letras, 25 de junho.
Andresen (2010): Sophia de Mello Breyner Andresen, Obra Poética, Lisboa, Editorial Caminho.
Augé (1985) : Marc Augé, «L’Espace du Labyrinthe et le Temps du Héros», in Temps Perdu, Temps Retrouvé, Musée d’Ethnographie Neuchâtel.
Borges (1996): Maria João Quirino Rosa da Cunha Borges, Em Torno do Conceito de «Poesia Pura»: Cinatti, Sophia e Eugénio de Andrade (A Poesia como Investidura, Iniciação e Respiração), Dissertação de Doutoramento, Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa.
Ceia (1995): Carlos Ceia, «A Natureza da Filomitologia de Sophia», O Escritor, 6, Lisboa.
Eliade (1993): Mircea Eliade, O Mito do Eterno Retorno, Lisboa, Edições 70.
Eliade (1997): Mircea Eliade, Tratado de História das Religiões, Porto, Edições Asa.
Eliade (s/d): Mircea Eliade, O Sagrado e o Profano, Lisboa, Edição Livros do Brasil.
Grimaldi (1992): Nicolas Grimaldi, Le Désir et le Temps, Paris, Libairie Philosophique J. Vrin.
Levinas (1993) : Emmanuel Levinas, Dieu, la Mort et le Temps, Paris, Bernard Grasset.
Missionários (1974): Capuchinhos Missionários, Bíblia Sagrada (trad. das línguas originais), North Carolina, C. D. Stampley Enterprises, Inc.
Poulet (1976): Georges Poulet, Études sur le Temps Humain II, Paris, Éditions du Rocher.

Publicado

11.07.2022

Edição

Secção

Varia

Como Citar

Soares, A. M. (2022). O Devir na Poesia Andreseana. Limite. Revista De Estudios Portugueses Y De La lusofonía, 7, 111-124. https://doi.org/10.17398/1888-4067.7.111