“Não se governam, nem se deixam governar”: Perenidade da expressão da relação dos Portugueses com os seus líderes (auto e hetero-imagem, no período medieval e na atualidade)
DOI:
https://doi.org/10.17398/1888-4067.9.383Palavras-chave:
estereótipos, clichés, crónicas medievais, blogues, imprensa onlineResumo
Artigo que estuda o cliché que considera que os portugueses “não se
governam, nem se deixam governar”, tendo em conta a fortuna desta
frase em blogues e na imprensa online, bem como alguns antecedentes medievais desta ideia. São identificadas várias interpretações
decorrentes da polissemia da noção, e a sua perenidade é analisada
(especialmente em momentos de crise). É ainda sublinhado o facto de
ser possível encontrar auto e hetero-imagens dos Portugueses desde
tempos bastante remotos.
Referências
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