Um Mito do Tráfico Marítimo e das Desventuras da Ambição. O Navio Fantasma, ou o Holandês Voador
DOI:
https://doi.org/10.17398/1888-4067.12_2.39Palabras clave:
lendas marítimas, cobiça expansionista, imaginário góticoResumen
O romance do Capitão Frederick Marryat, Phantom Ship (1839), é,
talvez, o texto que mais longamente desenrola o conjunto de
acontecimentos, peripécias e catástrofes que são conhecidos, segundo
uma configuração quase sempre mítico-lendária, pelo nome de Navio
Fantasma ou sob a designação de Holandês Voador. O mais
interessante aspecto que o romance de Marryatt tem, no entanto,
reside, não tanto na sua dimensão literária, que, para alguns gostos
mais exigentes, quanto à grandeza e aceitabilidade canónicas, até era
fraca, como no facto de, permanentemente, cruzar os valores culturais
assentes nas ideologias religiosas, nacionais e políticas da época
referida. Não obstante a reserva dos críticos, a aceitação popular foi
grande, como era costume, na época, em obras que se integravam,
quer...
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