Lugares fictícios e protocolos realistas: Los Pazos de Ulloa, La Madre Naturaleza e A Ilustre Casa de Ramires
DOI:
https://doi.org/10.17398/1888-4067.12_1.213Resumo
Os protocolos de escrita e de leitura instituídos pela ficção realista
pressupõem a modelização de espaços romanescos como mundos
possíveis que estejam fundamentalmente em conformidade com a
experiência empírica do leitor. O protagonismo assumido pelo espaço
nos romances realistas e a compreensível expectativa do leitor de
encontrar nessas obras mundos habitáveis e reconhecíveis compeliram
autores como Flaubert ou Zola a organizarem dossiês preparatórios para
cada uma das suas obras, nos quais compilavam os apontamentos
resultantes do seu trabalho de campo, que passava, inevitavelmente,
pela visita aos locais onde iria decorrer a ação narrada (mesmo que a
toponímia do romance acabasse por não corresponder à toponímia real
que o inspirara). Esteticamente vinculados a estes mestres franceses do
Realismo e do Naturalismo...
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